"[Nas últimas 24 horas], os sistemas de defesa aérea intercetaram sete mísseis antirradar HARM, um míssil de cruzeiro de longo alcance Storm Shadow e 10 projéteis disparados por lançadores múltiplos de foguetes HIMAR", informou o Ministério da Defesa russo, num comunicado assinado pelo porta-voz ministerial, tenente-general Igor Konashenkov.
As autoridades impostas pela Rússia na região ucraniana de Lugansk, anexada pelo Kremlin em setembro de 2022, afirmaram no sábado que as forças armadas ucranianas utilizaram pelo menos dois mísseis Storm Shadow, que têm um alcance de mais de 250 quilómetros, para atacar a província oriental na passada sexta-feira.
O gabinete de Lugansk no "Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Questões de Crimes de Guerra da Ucrânia" afirmou hoje que as forças ucranianas lançaram um ataque à região durante a manhã com dois mísseis Storm Shadow, sem adiantar pormenores sobre o segundo míssil.
Hoje, após um encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que se deslocou a Londres, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, deixou um aviso à Rússia de que vai continuar a apoiar militarmente a Ucrânia a longo prazo.
Numa resposta à Rússia, que hoje criticou o fornecimento de mais armamento pelo Reino Unido à Ucrânia, avisando que vai causar "ainda mais destruição", Sunak prometeu que "haverá mais apoio no futuro".
"Penso que é importante que o Kremlin saiba que não vamos recuar. Estamos cá a longo prazo. Continuamos firmes na defesa da Ucrânia, não só agora para recuperar o seu território legítimo, mas também para garantir que a Ucrânia terá os meios para se defender no futuro", afirmou o governante britânico a um grupo de jornalistas na residência de campo Chequers Court, a cerca de 60 quilómetros de Londres.
Só em termos de equipamento militar, Londres, um dos primeiros apoiantes da Ucrânia, é o segundo maior fornecedor de Kyiv, com 4.600 milhões de libras (5.300 milhões de euros) de ajuda fornecida ou prometida para 2022-2023.
O Reino Unido forneceu mísseis antitanque, armas de artilharia, sistemas de defesa aérea e veículos blindados de combate. Também forneceu tanques britânicos Challenger à Ucrânia e treinou soldados ucranianos para os operarem.
Os dois líderes estiveram reunidos durante cerca de três horas após uma visita inesperada de Zelensky realizada hoje de manhã ao Reino Unido para se encontrar com o "amigo Rishi".
O líder ucraniano destacou a importância dos britânicos na expansão das capacidades militares de Kyiv.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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