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Militares de Mianmar importaram mil milhões de dólares em armas desde 2021

Os militares de Mianmar importaram pelo menos mil milhões de dólares em armas e materiais relacionados da Rússia, China e outros países, desde fevereiro de 2021, alguns usados para cometer atrocidades contra civis, segundo um relatório da ONU.

Militares de Mianmar importaram mil milhões de dólares em armas desde 2021
Notícias ao Minuto

09:02 - 18/05/23 por Lusa

Mundo Armamento

Segundo o investigador das Nações Unidas sobre direitos humanos em Mianmar, Tom Andrews, as armas continuam a chegar aos militares, apesar das evidências de responsabilidade nas atrocidades, incluindo crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O relatório, hoje divulgado, também aponta Singapura como um dos principais fornecedores, seguida pela Índia e Tailândia.

Mianmar vive conflitos devido a uma crise política desencadeada quando os militares tomaram o poder, provocando protestos pacíficos generalizados que as forças de segurança reprimiram com força letal, desencadeando uma resistência armada em todo o país que o exército não conseguiu reprimir.

O relatório documenta mais de 12.500 compras que foram enviadas diretamente para os militares de Mianmar ou conhecidos traficantes de armas de Mianmar que trabalhavam para os militares desde 01 de fevereiro de 2021, quando os militares derrubaram o governo eleito de Aung San Suu Kyi, até dezembro de 2022, revelou o investigar em conferência de imprensa.

Tom Andrews disse que o volume e a diversidade de equipamentos que os militares receberam são "assombrosos", desde caças e helicópteros de ataque e drones até sistemas avançados de mísseis, atualizações de tanques, equipamentos de comunicação sofisticados e componentes para navios de guerra.

Disse ainda ter recebido "informações altamente confiáveis e detalhadas de fontes confidenciais" identificando as principais redes e empresas envolvidas no comércio de armas com Mianmar.

Mais de 947 milhões de dólares, dos mil milhões de dólares em equipamentos, foram diretamente para entidades controladas pelos militares de Mianmar, acrescentou.

Ao contrário da Rússia e da China e, em menor medida, da Índia, Tom Andrews disse que não recebeu nenhuma informação indicando que os governos de Singapura ou Tailândia aprovaram ou transferiram armas para os militares de Mianmar.

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