"Condenamos veementemente o volume sem precedentes de lançamentos ilegais de mísseis balísticos pela Coreia do Norte", disseram os líderes do G7 numa declaração aprovada na cidade japonesa de Hiroshima, onde estão reunidos desde sexta-feira.
O bloco que junta Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, mais a União Europeia (UE), considerou que cada um dos lançamentos de mísseis "violou várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU".
O G7 exortou Pyongyang a abster-se de novas "ações desestabilizadoras ou provocadoras", incluindo a realização de novos ensaios nucleares, segundo o documento citado pela agência espanhola EFE.
Para o G7, tais atos "devem ser objeto de uma resposta internacional rápida, uniforme e enérgica, incluindo novas medidas significativas a tomar pelo Conselho de Segurança da ONU", que não sanciona Pyongyang desde 2017.
Em dezembro de 2017, o Conselho de Segurança aprovou o mais duro pacote de sanções contra a Coreia do Norte para punir os primeiros lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais e o sexto teste nuclear nesse ano.
Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão têm pedido repetidamente à ONU para aprovar novas sanções, mas em vão, dado que China e Rússia, próximas da Coreia do Norte, têm pode de veto no Conselho de Segurança.
Em 2022, o número de mísseis lançados por Pyongyang foi quase quatro vezes maior do que em 2017, segundo a EFE.
Em abril, o Japão lamentou a falta de medidas da ONU em relação à Coreia do Norte, após o lançamento de um novo tipo de míssil balístico intercontinental com combustível sólido.
A Rússia exerce atualmente a presidência rotativa do Conselho de Segurança da ONU.
Na declaração, o G7 também exigiu a desnuclearização "de forma completa, verificável e irreversível" da Coreia do Norte e que o regime aceite as "repetidas ofertas de diálogo" que tem ignorado desde 2020.
O G7 também condenou as "sistemáticas violações dos direitos humanos" por Pyongyang e exigiu que respeite os direitos básicos dos norte-coreanos.
Pediu ainda ao regime de Kim Jong-un que o acesso ao país de organizações humanitárias.
A península coreana, no nordeste da Ásia, está dividida entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul desde a guerra que as duas partes travaram entre 1950 e 1953.
Pyongyang e Seul continuam tecnicamente em guerra, dado que nunca assinaram um acordo de paz, embora um armistício tenha permitido cessar os combates e criar uma zona desmilitarizada próximo do paralelo 38, que divide os dois países.
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