A inauguração, hoje em Lagos, da refinaria, acontece uma semana antes da saída do poder do Presidente Buhari, que abandona o cargo após dois mandatos marcados por uma grave deterioração da situação económica do país, que é a maior economia da África subsaariana.
De acordo com a agência francesa de informação, a France-Presse (AFP), a cerimónia deverá contar com vários chefes de Estado africanos, que vão testemunhar a inauguração da refinaria anunciada pela primeira vez em 2013 e que deverá começar a funcionar em junho.
O seu objetivo é processar 650 mil barris por dia quando estiver em plena capacidade, o que faria dela um dos maiores complexos industriais do continente e poderia mudar a situação na Nigéria.
Embora o país seja um dos maiores produtores de petróleo de África, importa quase todo o seu combustível devido ao fracasso das suas refinarias estatais.
A Nigéria troca os seus milhares de milhões de dólares de petróleo bruto por combustível importado, que depois subsidia para manter o preço de mercado artificialmente baixo.
Segundo os analistas citados pela AFP, este sistema incentiva a corrupção e impede o Estado de investir fortemente em setores-chave, como a saúde e a educação, enquanto quase metade dos nigerianos vive em condições de pobreza extrema.
As novas instalações ocupam 2.635 hectares de terreno na zona de comércio livre de Lekki, e custaram cerca de 19 mil milhões de dólares, 17,5 mil milhões de euros, segundo os meios de comunicação locais, mais do dobro dos 9 mil milhões de dólares, cerca de 8,3 mil milhões de euros, anunciados quando o projeto foi lançado.
O vasto complexo industrial inclui também uma fábrica de fertilizantes no valor de 2 mil milhões de dólares, com uma capacidade de produção de 3 milhões de toneladas por ano.
Leia Também: Nigéria. Número de mortos nos confrontos intercomunitários sobe para 110