Pelo menos 6 feridos em bombardeamentos ucranianos em Belgorod

O governador da região russa de Belgorod anunciou que pelo menos seis pessoas ficaram hoje ali feridas em bombardeamentos durante uma incursão de combatentes procedentes da Ucrânia.

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© Getty Images

Lusa
22/05/2023 16:40 ‧ 22/05/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Na sua conta da plataforma digital Telegram, Viatcheslav Gladkov indicou que duas pessoas foram feridas no bombardeamento da aldeia de Glotovo, outras três no distrito de Graïvoron e uma última na aldeia de Zamostie.

Todas estas localidades se situam perto da fronteira da Rússia com a Ucrânia e na zona onde, segundo as autoridades russas, decorre uma incursão de combatentes ucranianos em território russo.

De acordo com o governador, um projétil caiu num jardim de infância em Zamostie, que se incendiou, ferindo uma mulher nas mãos.

Em Graïvoron, a capital do distrito, o edifício da administração local foi atingido e outras três casas sofreram igualmente danos.

Ainda segundo a mesma fonte, um 'drone' (aeronave não-tripulada) foi abatido pela defesa antiaérea russa.

Kiev já reagiu, afirmando hoje não ter "nada que ver" com qualquer incursão de combatentes na Rússia numa região fronteiriça com a Ucrânia -- um novo incidente no território russo imputado por Moscovo ao país vizinho, em mais uma das suas regulares manobras de propaganda para justificar a guerra que nele trava há quase 15 meses.

As informações fornecidas pelas partes sobre a situação nas frentes de batalha não podem ser confirmadas de forma imediata e independente.

"A Ucrânia está a acompanhar com interesse os acontecimentos na região de Belgorod, na Rússia, e a analisar a situação, mas não tem nada que ver com ela", garantiu Mykhaïlo Podoliak, conselheiro da Presidência ucraniana, na rede social Twitter.

Entretanto, o ataque foi reivindicado num canal do Telegram que se apresenta como pertencente à "Legião Liberdade para a Rússia", um grupo de russos que combatem pelo lado ucraniano, que já tinha assegurado estar na origem de incursões anteriores na mesma região russa. Moscovo classificou esta organização como "terrorista".

A Rússia invadiu a 24 de fevereiro de 2022 a Ucrânia e aí trava, desde então, uma guerra de ocupação que não tem poupado infraestruturas nem vidas civis e causou, até agora, a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-45).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

Fundamentada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, a invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Belgorod? Ucrânia "observa com interesse", mas "não tem nada a ver"

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