"Tivemos uma reunião (na sexta-feira) com o Sinan nos nossos escritórios. Ele afirmou que me apoiará e que apoiará a Aliança Popular (no parlamento). Gostaria de lhe agradecer em meu nome e em nome do meu partido", afirmou Erdogan.
O presidente turco destacou também os pontos em comum entre ambos e assegurou que a conversa não se tratou de uma negociação.
"O Sinan conhece muito bem a nossa posição clara na luta contra o terrorismo e pela sobrevivência da pátria, especialmente no que diz respeito às relações com o mundo turco", enfatizou.
"Não estamos a fazer concessões. Isso não aconteceu. Não é possível", disse Erdogan em entrevista ao canal televisivo turco TRT Haber, sublinhando que "esta união de forças vai beneficiar a nação e o país".
Erdogan revelou também que durante a reunião com Ogan foi discutido o processo de repatriamento dos refugiados sírios e estimou em 450.000 o número de sírios que regressaram às suas casas nos últimos meses.
"Estamos a trabalhar para garantir o seu retorno seguro", concluiu.
O presidente turco acusou ainda os meios de comunicação ocidentais de tentaram influenciar os resultados eleitorais e defendeu que "na Turquia, a maioria dos avanços democráticos foi alcançada a lutar contra as manchetes".
O candidato nacionalista Sinan Ogan, de 55 anos, recebeu 5,17 por cento da votação no passado dia 14, representando uma percentagem do eleitorado que poderá decidir a segunda volta de dia 28 a favor de Erdogan, que teve 49,2% dos votos e procura a reeleição na segunda volta.
"Declaro o meu apoio a Recep Tayyip Erdogan, candidato da Aliança do Povo, na segunda volta das eleições", afirmou Ogan na segunda-feira em declarações aos jornalistas em Ancara.
O segundo classificado na primeira volta foi o opositor Kemal Kiliçdaroglu, que recebeu 45,07% dos votos.
Uma vez que nenhum dos candidatos alcançou a maioria absoluta, realizar-se-á uma segunda volta definitiva a 28 de maio entre Kiliçdaroglu e Erdogan, que pretende prolongar por mais cinco anos a sua permanência de duas décadas no poder na Turquia, inicialmente como primeiro-ministro e desde 2014 como Presidente.
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