Kyiv diz que conflito vitimou mais de 3.000 soldados norte-coreanos

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que mais de 3.000 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos em combates com as forças ucranianas na região fronteiriça russa de Kursk.

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© Leon Neal/Getty Images

Lusa
23/12/2024 19:17 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"De acordo com as informações iniciais, o número de soldados norte-coreanos mortos ou feridos na região de Kursk já ultrapassou os 3.000", disse Zelensky, numa mensagem na rede social X.

 

Estes números excedem em muito as estimativas do Estado-Maior do Exército sul-coreano, que denunciou hoje que mais de 1.100 soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos enquanto lutavam contra a Ucrânia ao lado da Rússia.

Confrontada com a invasão russa durante quase três anos, a Ucrânia lançou um ataque surpresa na região de Kursk no início de agosto, a primeira ofensiva terrestre em território russo desde a Segunda Guerra Mundial.

Vários milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para a Rússia nas últimas semanas para apoiar as forças russas, segundo os ocidentais.

Hoje, Zelensky corroborou as declarações de Seul sobre o provável fornecimento de novas tropas e armas norte-coreanas à Rússia.

"Há riscos de a Coreia do Norte enviar tropas e equipamento militar adicionais para o Exército russo", avisou Zelensky, prometendo "respostas tangíveis" por parte de Kiev.

O Estado-Maior do Exército sul-coreano disse ainda ter observado preparativos que fazem acreditar que a Coreia do Norte se prepara para enviar novas tropas para a Rússia, como reforços ou para socorrer os que já combatiam.

Os serviços de informações sul-coreanos acreditam que a Coreia do Norte "está a produzir e a entregar 'drones'" à Rússia.

Segundo a Ucrânia, o Exército russo lançou "operações ofensivas intensas na região de Kursk em meados de dezembro, utilizando ativamente unidades do Exército norte-coreano", que já "sofreram pesadas perdas".

O Presidente russo, Vladimir Putin, durante a sua conferência de imprensa anual, em 19 de dezembro, admitiu que não podia especificar quando é que o seu Exército conseguiria repelir as forças ucranianas da região de Kursk, mas mostrou-se confiante na vitória das forças controladas por Moscovo.

Leia Também: Ucrânia. BEI anuncia 86 milhões para proteger infraestruturas elétricas

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