"Com a continuação das suas operações defensivas, as forças armadas Huthi confirmam que o inimigo não conseguiu afetar as capacidades militares do Iémen e que, com a ajuda de Deus, continuarão a realizar as suas tarefas defensivas em terra e no mar", declarou o porta-voz militar dos rebeldes xiitas pró-iranianos, Yahya Sarea, em comunicado.
Sarea afirmou que "nas últimas horas" os militares rebeldes atacaram navios de guerra norte-americanos no Mar Vermelho com vários mísseis de cruzeiro e 'drones', incluindo o porta-aviões "USS Harry S. Truman".
Os Estados Unidos ainda não reagiram a esta informação.
Na passada segunda-feira, o secretário da Defesa norte-americano, Pete Hegseth, alertou que "as coisas vão piorar" para os Huthis, enquanto o líder da Casa Branca (presidência), Donald Trump, indicou que as capacidades dos rebeldes apoiados pelo Irão estão a ser diminuídas quase diariamente.
Trump afirmou que os Estados Unidos "têm sido muito duros com os Huthis, algo que ninguém conseguiu fazer", descrevendo fortes ataques e um "sucesso militar", enquanto Hegseth relatou que a campanha de Washington está a ser "devastadora".
Mais de 100 civis foram mortos desde o início da operação de grande escala dos Estados Unidos contra posições dos Huthis, em 15 de março, de acordo com dados das autoridades rebeldes, que controlam grande parte do Iémen, incluindo a capital, Sanaa.
O grupo xiita iniciou os ataques contra a navegação comercial no Mar Vermelho, em novembro de 2023, para prejudicar economicamente Israel, em alegada solidariedade com o seu aliado palestiniano Hamas na guerra na Faixa de Gaza, ao mesmo tempo que lançou dezenas de ataques diretos contra território israelita.
As ações dos Huthis no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, uma região vital para a navegação comercial, levaram ao início de campanhas de bombardeamento no Iémen por parte dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Os Huthis integram o chamado "eixo de resistência" liderado pelo Irão contra Israel, de que fazem parte outros grupos radicais da região, como o Hezbollah libanês e os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica.
Leia Também: Huthis denunciam novos bombardeamentos dos EUA contra o país