Guerra? "É óbvio que não há vitória para os pobres ucranianos"
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declarou hoje que a Ucrânia não conseguirá vencer a guerra contra a Rússia, pedindo negociações com Moscovo para por um fim ao conflito.
© Getty Images
Mundo Viktor Orban
O líder nacionalista húngaro, que se opõe a outros membros da União Europeia (UE) devido a guerra na Ucrânia e que se recusa a ajudar militarmente o país vizinho, reiterou os seus apelos por um cessar-fogo.
"É óbvio que a solução militar não funciona", afirmou Órban num fórum económico no Qatar, acreditando que a invasão russa em 2022 foi fruto de uma "falha da diplomacia".
"Se olharmos para a realidade, os números, o contexto e o facto de a NATO não estar pronta para enviar tropas, é óbvio que não há vitória para os pobres ucranianos no campo de batalha. Esta é a minha posição", afirmou o político húngaro.
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, confirmou hoje que a Hungria se recusou a libertar uma nova parcela da ajuda militar para a Ucrânia, mas previu que este apoio será desbloqueado.
Para Viktor Orbán, um novo acordo europeu de segurança deve ser negociado com Moscovo após um cessar-fogo.
"Como Estado, a Ucrânia é, obviamente, muito importante, mas a longo prazo, do ponto de vista estratégico, o que está em jogo é a segurança da Europa no futuro", avaliou o líder húngaro.
"É claro que sem os Estados Unidos, não há arquitetura de segurança para a Europa. E esta guerra só poderá ser travada (...) se os russos chegarem a um acordo" com Washington, acrescentou.
O primeiro-ministro húngaro criticou os líderes da UE por serem "muito intelectuais".
A Hungria, cujas necessidades de energia dependem da Rússia, está a negociar um acordo de importação de gás natural com o Qatar, segundo Órban, referindo que o início previsto para as entregas é 2026.
Leia Também: Orbán compara UE com aspirações de Hitler de unificar a Europa
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com