O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou esta quarta-feira o seu pedido pela proibição de armas de assalto, num evento realizado na Casa Branca, em Washington, para recordar o massacre que tirou a vida de 21 pessoas - 19 das quais crianças - numa escola primária de Uvalde, no Texas, ocorrido há precisamente um ano.
"Não podemos acabar com esta epidemia até que o Congresso aprove leis de bom senso sobre a segurança de armas e as mantenha fora das nossas ruas e das mãos de pessoas perigosas [e] até que os estados façam a mesma coisa", afirmou Biden, durante o evento, acompanhado da sua esposa Jill.
No massacre de Uvalde, em 24 de maio de 2022, morreram 19 crianças, com idades entre os nove e os 11 anos - e dois professores. Foi considerado um dos mais mortíferos da última década em escolas nos Estados Unidos no ano passado.
"O assassino número um de crianças são as armas. É hora de agir, é hora de agir. É hora de fazer com que as nossas vozes sejam ouvidas. Não como democratas ou republicanos, mas como amigos, vizinhos, pais, como americanos", declarou o presidente norte-americano.
O presidente e a primeira-dama seguraram velas acesas com os nomes das crianças e educadores mortos, conforme se pode ver na galeria de imagens.
De acordo com uma análise de mortalidade feita por investigadores da Universidade de Michigan, citada pela Reuters, registaram-se mais mortes de crianças e adolescentes nos Estados Unidos por armas do que qualquer outra causa em 2020.
Joe Biden falava durante a sessão solene, lutando contra a emoção, uma vez que mencionou a inauguração de um memorial no próximo fim de semana, para marcar o aniversário da morte do seu filho Beau, que perdeu a vida devido a um tumor cerebral, em 2015.
Um ano após o ataque, recorde o que se passou naquele dia - da cronologia à inação das autoridades, das críticas aos relatos das vítimas (e das suas famílias).
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