Grupo Wagner retira-se de Bakhmut cedendo posições ao Exército russo

O patrão da empresa russa de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse hoje que as unidades de combatentes contratados iniciam hoje a retirada da cidade ucraniana de Bakhmut cedendo as posições às forças regulares de Moscovo.  

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Lusa
25/05/2023 10:13 ‧ 25/05/2023 por Lusa

Mundo

Ucrânia

"Estamos a retirar com muito cuidado", disse o oligarca Yevgeny Prigozhin numa mensagem vídeo publicada na rede digital de mensagens Telegram.  

No domingo, após o anúncio sobre a "tomada total" de Bakhmut, após 10 meses de combates, o empresário já tinha dito que os combatentes do grupo Wagner iam retirar-se a partir de hoje.

De acordo com Prigozhin, os combatentes contratados a soldo de Moscovo vão ficar acantonados em "campos de treino em zonas da retaguarda". 

"Vamos trocar de posições com os militares [Exército da Rússia] e deixar ficar munições e rações de combate", acrescentou. 

Em tom irónico, o oligarca disse que "deixa ficar dois homens contratados pelo grupo Wagner", caso os "militares (russos) precisem de ajuda para defender as posições". 

"Antes do dia 01 de junho vamos reunir-nos, vamos descansar e preparar-nos. Depois receberemos outra missão", disse o empresário que aparece nas imagens junto a um carro de combate. 

Na quarta-feira, Prigozhin reconheceu que o grupo Wagner perdeu na campanha ucraniana 10 mil reclusos que se encontravam no sistema prisional russo e que foram contratados para combaterem em território ucraniano. 

 Numa entrevista recente ao ideólogo oficial de Moscovo Konstantin Dolgov, o oligarca admitiu ter contratado um total de 50 homens que se encontravam presos em estabelecimentos prisionais russos.

Anteriormente, Prigozhin disse que tinham morrido entre 15 mil a 16 mil homens (mercenários do grupo Wagner) na campanha de Bakhmut.  

O oligarca russo, estimou que entre 50 mil a 70 mil efetivos das forças ucranianas morreram na batalha.

Os Estados Unidos afirmam que a Rússia perdeu cerca de 100 mil combatentes em Bakhmut.

A situação sobre a batalha do leste da Ucrânia ainda não foi verificada por fontes independentes. 

Leia Também: Ucrânia. Rússia diz que deteve ucranianos que atacaram centrais nucleares

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