"Surreal". Há 16 anos fez um transplante, agora viu o coração num museu

Britânica aproveitou o momento para apelar à doação de órgãos.

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Notícias ao Minuto
25/05/2023 11:45 ‧ 25/05/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Transplante

Jennifer Sutton, de 38 anos, natural de Ringwood, no Hampshire, Reino Unido, passou por um transplante de coração em 2007, que lhe salvou a sua vida.

Perante a inutilização do seu coração original, Jennifer decidiu doá-lo ao Museu Hunterianof London, que exibe a maior coleção pública de anatomia humana do Reino Unido, com milhares de objetos, instrumentos, pinturas e órgãos transplantados, dedicados à história da cirurgia, desde os tempos antigos aos mais modernos.

Dezasseis anos depois da operação, Jennifer Sutton visitou o Museu Hunterianof. "É extremamente surreal vê-lo exposto", disse à imprensa britânica, a mulher de 38 anos, após a visita.

"Gosto dele, mesmo depois de todos os problemas que me causou. Vê-lo fez-me recordar tudo o que passei. Espero que ao verem o meu coração, as pessoas considerem a doação de órgãos", acrescentou.

Jennifer descobriu que tinha problemas cardíacos aos 22 anos, enquanto frequentava a universidade. Depois de ser submetida a vários exames, devido ao desconforto que sentia, foi diagnosticada com uma "cardiomiopatia restritiva", uma condição na qual o coração se torna progressivamente mais rígido e tem de se esforçar cada vez mais para bombear o sangue pelo corpo.

A doença, que matou a mãe de Jennifer quando esta tinha apenas 13 anos, não tem tratamento. A única hipótese para os pacientes é um transplante de coração.

Anos depois, em 2007, chegou a tão esperada notícia. Tinha sido encontrado um coração para Jennifer. A cirurgia correu bem e Jennifer tem hoje, praticamente, uma vida normal. "Estou incrivelmente grata ao meu dador, embora não conheça a sua identidade. Não consigo descrever o quanto estou agradecida e ao meu incrível cirurgião", contou ainda no seguimento da visita ao museu onde está o seu coração original.

Jennifer aproveitou o momento para apelar à doação de órgãos, lembrando que sem o coração que lhe foi doado não poderia ter vivido alguns dos melhores anos da sua vida, como o seu casamento. "Estão a ser 16 anos incríveis e eu não poderia ter vivido nenhum deles sem a minha dadora. Hoje sou uma mulher casada, ativa, mantenho o meu coração saudável. Quero viver o máximo possível. Vivam a vida ao máximo, não adiem para amanhã o que deve ser feito hoje", atirou.

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