Lukashenko diz que não há planos para moeda comum com a Federação Russa

O presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, disse hoje que não existem planos de curto prazo para que o seu país e a Federação Russa adotem uma moeda comum.

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Lusa
29/05/2023 20:40 ‧ 29/05/2023 por Lusa

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Bielorrússia

Durante uma reunião com a governadora do banco central russo, Lukashenko disse que a introdução do rublo russo na Bielorrússia não iria ser um processo fácil e que os dirigentes de Minsk não tinham ideias de o fazer.

"Quando se trata de criar uma moeda única e isso, não é um processo fácil e, provavelmente, não para hoje", disse durante o encontro com Elvira Nabiullina.

Desde há décadas que Lukashenko depende de subsídios de Moscovo para manter a economia estilo soviética da Bielorrússia. Os dois Estados assinaram acordos sobre a criação de uma união comercial, monetária e de defesa em meados da década de 1990, mas persistem diferenças quanto à sua concretização.

O apoio russo também ajudou o líder autocrático a sobreviver meses de protestos massivos, depois das eleições presidenciais de 2020, que lhe permitiram um sexto mandato. A oposição e o Ocidente consideraram que as eleições tinham sido manipuladas.

No ano passado, os líderes russos usaram o território bielorrusso para atacar a Ucrânia.

Na segunda-feira, Lukashenko disse que a economia bielorrussa foi atingida fortemente pelas sanções ocidentais, mas que o apoio e as políticas do banco central russo tinham amortecido o efeito.

Na segunda-feira, um analista político bielorrusso independente disse à AP que as observações de Lukashenko são uma tentativa de preservar "o que resta da soberania (bielorrussa) e de se proteger de uma crescente pressão do Kremlin".

Valery Karbalevich disse que era importante para Lukashenko "mostrar que está no controlo da situação", dada a recente e crescente especulação quanto à deterioração da sua saúde.

"Lukashenko não está feliz por ser um vassalo completo do Kremlin e procura aliviar a pressão, de forma a conseguir espaço para negociações com o Ocidente e a China", disse Karbalevich, durante uma entrevista por telefone.

Leia Também: "Armas nucleares para todos" os que se juntem à parceria Minsk-Moscovo

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