O Japão emitiu um alerta de emergência de míssil para os residentes da prefeitura de Okinawa, na quarta-feira de manhã, [hora local, noite em Portugal continental] após relatos de um alegado satélite disparado a partir da Coreia do Norte. Os avisos foram, entretanto, levantados.
Os norte-coreanos já tinham avisado os países na região sobre o lançamento do seu primeiro satélite de inteligência militar, que será destinado a monitorizar a atividade norte-americana.
Segundo a Reuters, as autoridades japonesas emitiram o alerta através do sistema público de transmissão, pedindo aos residentes da região de Okinawa, no sul do país, para se "abrigarem em edifícios ou em zonas subterrâneas".
Minutos depois, as mesmas autoridades adiantaram que o alegado míssil não passaria pelo espaço aéreo japonês e levantou o aviso.
Também na Coreia do Sul foi emitido um alerta e, por volta das 6h32 em Seul, as autoridades avisaram os cidadãos para se prepararem para uma eventual evacuação devido a um "veículo de lançamento espacial".
No entanto, acrescenta a Reuters, as autoridades avisaram que lançaram o aviso de evacuação por engano.
#BREAKING: Air raid sirens sounding in Seoul after North Korea launched a suspected satellite.pic.twitter.com/0GzJgxtTD2
— Moshe Schwartz (@YWNReporter) May 30, 2023
Nos dados que apresentou às autoridades internacionais, o regime de Pyongyang explicou que o lançamento do satélite acabaria por significar que o foguetão e os destroços que surgirem nas diferentes fases de lançamento poderiam cair no Mar Amarelo (o mar situado entre a península da Coreia e a China) e mais para sul.
Pyongyang avisou a guarda costeira japonesa que o lançamento ocorreria entre 31 de maio e 11 de junho, mas o governo de Tóquio considerou que a sugestão de um satélite serve apenas para esconder mais um teste de míssil interbalístico.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, já tinha apelado às autoridades norte-coreanas que qualquer lançamento usando tecnologia de mísseis balísticos seria uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, voltando a apelar a uma desnuclearização da península da Coreia.
[Notícia atualizada às 23h49]
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