"O que queremos na Europa é pragmatismo e neutralidade tecnológica", sublinhou Emmanuel Macron numa conferência de imprensa em Bratislava com a presidente eslovaca, Zuzana Caputova, em resposta a uma pergunta sobre o bloqueio francês ao projeto da diretiva europeia sobre as energias renováveis.
Macron destacou que a UE estabeleceu "uma meta muito ambiciosa" para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 55 por centi até 2030 em relação a 1990 e a neutralidade carbónica até 2050.
"Nenhum especialista sério diz que esse objetivo pode ser alcançado sem energia nuclear", enfatizou o presidente francês.
Por isso, Macron exigiu "que se imponha a neutralidade tecnológica na UE para que não haja enviesamento" e para alcançar "o mercado mais integrado possível".
Na França, cerca de 70% da energia é gerada com os 46 reatores nucleares cuja vida útil o presidente francês pretende estender para os 50 ou 60 anos.
O país irá também ter pelo menos mais seis reatores desse tipo, que deverão entrar em funcionamento entre 2037 e 2050.
A França formou uma aliança de países pró-nucleares dentro da UE que, na última reunião realizada a 16 de maio, reuniu 16 estados-membros.
Paris lidera o bloqueio à adoção da diretiva sobre energia nuclear por não concordar com as condições que são estabelecidas para o uso do hidrogénio gerado com energia nuclear, diferentes das do hidrogénio verde que, segundo os críticos, goza de mais benefícios.
Para além da França, nesse grupo estão também a Espanha, Áustria e Luxemburgo.
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