A menina de 8 anos, que morreu no dia 17 de maio, quando estava sob custódia da Guarda Fronteiriça dos Estados Unidos, no Texas, estaria com uma temperatura superior a 40 graus de febre no dia antes de morrer, tendo-lhe sido negada assistência hospitalar, avança a CBC News.
Segundo uma investigação interna, agora revelada, uma enfermeira recusou todos os pedidos da mãe da menina Anadith Tanay Reyes Álvarez, para que esta fosse levada para o hospital. A criança acabou por morrer, vitima de uma convulsão, após nove dias sob a custódia dos Serviços de Fronteiras norte-americanos.
Anadith, nascida no Panamá, filha de pais hondurenhos, entrou em Brownsville, Texas, com os pais e dois irmãos, a 9 de maio. No dia seguinte, a criança foi submetida a um exame médico como parte do processo de admissão, durante o qual os pais partilharam o historial médico da criança, indicando ter uma doença cardíaca congénita e anemia falciforme.
A enfermeira em causa não terá registado nenhum destes dados, sendo que o Gabinete de Responsabilidade Profissional das Alfândegas e Proteção das Fronteiras garante que não estava informado sobre as doenças da menina.
Ao todo, a mãe e a menina tiveram nove consultas com o pessoal médico, até que a 14 de maio foi transferida para a estação fronteiriça de Harlingen. Anadith só foi para o hospital a 17 de maio, altura em que parecia ter sofrido uma convulsão. A menina acabou por morrer.
Estas conclusões são o resultado de várias entrevistas com agentes da Patrulha Fronteiriça e pessoal médico e levanta uma série de novas questões inquietantes sobre o que correu mal durante os nove dias em que a rapariga esteve sob a custódia das autoridades.
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