Azour, diretor do FMI para o Médio Oriente e Ásia Central e antigo ministro das Finanças do Líbano (2005-2008), ainda não anunciou oficialmente a sua candidatura.
Segundo o deputado Marc Daou, que fez declarações em nome de um grupo de 32 deputados, Jihad Azour pode ser um "candidato de compromisso" e não pode ser "considerado provocador por nenhum dos atores políticos" no Líbano.
Este mesmo grupo de deputados já tinha apoiado antes outro candidato presidencial, o deputado Michel Moawad, que anunciou a retirada da sua candidatura e o apoio a Azour.
O Parlamento está profundamente dividido entre o campo pró-iraniano do Hezbollah e o que lhe é hostil, e não consegue chegar a acordo sobre um sucessor para Michel Aoun, cujo mandato presidencial expirou em 31 de outubro.
O Hezbollah não tem a maioria necessária no Parlamento para impor o seu candidato, o ex-ministro Sleiman Frangie, mas os seus opositores, nomeadamente de partidos cristãos, também não conseguiram impor o seu candidato, Michel Moawad.
A braços com uma grave crise económica e política, o país é governado por um executivo com poderes interinos responsável apenas pelos assuntos do dia-a-dia e incapaz de tomar decisões importantes.
A comunidade internacional instou as autoridades libanesas a elegerem rapidamente um Presidente, para permitir que o país, afundado numa crise económica desde 2019, realize as reformas necessárias para desbloquear os tão necessários empréstimos do FMI.
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