John Rowley, James Trusty e Lindsey Halligan foram filmados pela estação televisiva CBS à chegada ao Departamento, mas não fizeram qualquer comentário.
Mas, segundo o Washington Post, baseado em fonte não identificada, defenderam que o seu cliente não devia ser acusado por ter levado consigo documentos classificados como 'confidencial', depois de ter saído da Casa Branca.
Várias fontes conhecedoras do assunto, citadas pela CBS, mas também não identificadas, entendem que uma decisão sobre a eventual acusação a Trumnp está para breve,
Ao sair da Casa Branca, depois de derrotado por Joe Biden, nas eleições presidenciais de 2020, para se instalar na sua luxuosa residência Mar-a-Lago, no Estado da Florida, Trump levou consigo caixas cheias de documentos.
Contudo, uma lei de 1978 obriga todos os presidentes a entregar a totalidade das suas mensagens de correio eletrónico, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais.
Uma outra lei, sobre espionagem, interdita de forma geral a posse de comentos classificados 'confidencial' em locais não autorizados nem seguros.
Em janeiro de 2022, Trump entregou 15 caixas. Depois de ver o seu conteúdo, a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) estimou que ele conservava provavelmente outras tantas.
Em 08 de agosto, agentes do FBI realizaram uma busca, na base de um mandato que mencionava "retenção de documentos classificados" e "entrave a um inquérito federal" e apreenderam cerca de 30 caixas.
Trump, que pretende ser escolhido pelos republicanos para as eleições presidenciais de 2024, declarou-se "perseguido" por uma justiça nas mãos dos democratas.
Para contrariar estas acusações, o secretário da Justiça, Merrick Garland, apontou em novembro um procurador especial, Jack Smith, para dirigir esta investigação e outra, sobre o papel de Trump no assalto ao Capitólio.
Um outro procurador especial investiga, em paralelo, os documentos classificados 'confidencial' encontrados no início do ano em um antigo gabinete e em casa de Biden pelos seus próprios advogados, que os entregaram à justiça.
Por outro lado, Trump foi acusado em abril pelo Estado de Nova Iorque de falsificação de documentos contabilísticos ligados ao pagamento, antes da eleição de 2016, de 150 mil dólares a uma estrela de filmes pornográficos, em troca do seu silêncio sobre uma alegada relação sexual.
Leia Também: Mike Pence, ex-'vice' de Trump, anuncia candidatura à presidência dos EUA