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Moscovo acusa Kyiv de sabotagem deliberada com destruição de barragem

A Rússia acusou hoje a Ucrânia de um ato de "sabotagem deliberada" na sequência da destruição de uma barragem hidroelétrica na região de Kherson, no sul do país, parcialmente sob ocupação russa.

Moscovo acusa Kyiv de sabotagem deliberada com destruição de barragem
Notícias ao Minuto

12:42 - 06/06/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Trata-se inequivocamente de um ato de sabotagem deliberada por parte dos ucranianos, que foi planeado e executado sob as ordens de Kyiv", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.

O porta-voz rejeitou firmemente as acusações das autoridades ucranianas de que Moscovo era responsável pela destruição parcial da barragem, que provocou inundações na região de Kherson.

"Toda a responsabilidade recai sobre o regime de Kyiv", insistiu, citado pela agência francesa AFP.

Segundo Peskov, um dos objetivos de tal ação era "privar a Crimeia" de água.

A Rússia ocupou e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A barragem de Kakhovka, construída no rio Dniepre na década de 1950 e capturada no início da ofensiva russa na Ucrânia em 2022, é crucial para o abastecimento de água à Crimeia.

De acordo com Peskov, "este ato de sabotagem pode ter consequências muito graves para dezenas de milhares de habitantes da região de Kherson", bem como "consequências ecológicas".

A Ucrânia acusou a Rússia de ter dinamitado a barragem para tentar travar uma contraofensiva das forças ucranianas.

"O objetivo dos terroristas é óbvio: criar obstáculos às ações ofensivas das forças armadas ucranianas", afirmou o conselheiro presidencial Mikhailo Podoliak.

Em outubro, durante uma contraofensiva bem-sucedida de Kyiv na região, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky já tinha acusado as forças de Moscovo de terem colocado minas na barragem.

"Agora, todos os países do mundo devem atuar com força e rapidez para evitar um novo ataque terrorista russo. A destruição da barragem significaria uma catástrofe em grande escala", afirmou Zelensky na altura.

O conflito armado na Ucrânia, iniciado com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

Leia Também: Ucrânia. Barragem atacada é uma estrutura fundamental no sul do país

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