"Trata-se inequivocamente de um ato de sabotagem deliberada por parte dos ucranianos, que foi planeado e executado sob as ordens de Kyiv", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.
O porta-voz rejeitou firmemente as acusações das autoridades ucranianas de que Moscovo era responsável pela destruição parcial da barragem, que provocou inundações na região de Kherson.
"Toda a responsabilidade recai sobre o regime de Kyiv", insistiu, citado pela agência francesa AFP.
Segundo Peskov, um dos objetivos de tal ação era "privar a Crimeia" de água.
A Rússia ocupou e anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014.
A barragem de Kakhovka, construída no rio Dniepre na década de 1950 e capturada no início da ofensiva russa na Ucrânia em 2022, é crucial para o abastecimento de água à Crimeia.
De acordo com Peskov, "este ato de sabotagem pode ter consequências muito graves para dezenas de milhares de habitantes da região de Kherson", bem como "consequências ecológicas".
A Ucrânia acusou a Rússia de ter dinamitado a barragem para tentar travar uma contraofensiva das forças ucranianas.
"O objetivo dos terroristas é óbvio: criar obstáculos às ações ofensivas das forças armadas ucranianas", afirmou o conselheiro presidencial Mikhailo Podoliak.
Em outubro, durante uma contraofensiva bem-sucedida de Kyiv na região, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky já tinha acusado as forças de Moscovo de terem colocado minas na barragem.
"Agora, todos os países do mundo devem atuar com força e rapidez para evitar um novo ataque terrorista russo. A destruição da barragem significaria uma catástrofe em grande escala", afirmou Zelensky na altura.
O conflito armado na Ucrânia, iniciado com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.
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