O plano de negociação centra-se na prestação de ajuda humanitária à população civil e na obtenção de um cessar-fogo permanente, embora "não tenha sido proposta uma nova agenda na atual ronda de negociações", avançam as fontes.
Para conseguir o reatar do diálogo, "cada delegação participou em reuniões separadas com os facilitadores do processo de diálogo", referiram.
Em 01 de junho, a Arábia Saudita e os EUA anunciaram "a suspensão" do diálogo entre os representantes do Exército sudanês e as RSF devido às "repetidas violações" de tréguas.
Por outro lado, denunciaram que as partes também violaram o acordo alcançado em 29 de maio, de prorrogar por cinco dias a trégua em vigor, "impedindo a prestação de assistência humanitária e o restabelecimento de serviços essenciais, que são o objetivo do cessar-fogo".
A isto juntaram-se a ocupação de casas civis, empresas privadas, edifícios públicos, hospitais e bombardeamentos e ataques de artilharia que continuaram a acontecer.
Os negociadores insistiram em convocar as partes beligerantes numa nova ronda de negociações quando estas se declarassem e mostrassem prontas para tomar as medidas necessárias.
O conflito no Sudão já fez pelo menos 850 mortos e mais de 5.500 feridos, e causou o deslocamento interno e externo de mais de 1,3 milhão de pessoas, segundo as Nações Unidas.
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