Florida. Detida mulher acusada de matar vizinha em alegado crime racista

Uma mulher foi presa no Estado norte-americano da Flórida por ter morto uma vizinha a tiro, depois de manifestantes terem reclamado a sua detenção por um alegado crime racista, disseram as autoridades locais.

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© Getty Images

Lusa
07/06/2023 13:02 ‧ 07/06/2023 por Lusa

Mundo

EUA

O xerife Billy Woods, do condado de Marion, Ocala, disse à agência Associated Press que "Susan Lorincz, 58 anos, branca (...) foi presa sob a acusação de ter morto Ajike Owens, 35 anos, afro-americana".

Segundo a Associated Press, as autoridades estiveram sob pressão de manifestantes que exigiam a detenção de Susan Lorincz, que na sexta-feira passada disparou uma arma de fogo contra a porta da casa, matando a vizinha que se encontrava no exterior. 

Quando foi interrogada, Lorincz afirmou que agiu em "legítima defesa" e que Owens já tinha tentado arrombar a sua porta. Acrescentou que Owens já a tinha perseguido no passado e que já a tinha atacado.

Através da investigação - incluindo a obtenção de depoimentos de testemunhas - os detetives conseguiram estabelecer que as ações de Lorincz não eram justificáveis "ao abrigo da lei da Florida" (proteção de propriedade), refere um comunicado do gabinete do xerife.

Cerca de três dezenas de manifestantes, na maioria afro-americanos, reuniram-se no exterior do Centro Judicial do Condado de Marion para exigir a detenção de Lorincz.

O procurador-geral estadual, William Gladson, reuniu-se com os organizadores do protesto e apelou à calma enquanto decorre a investigação.

Entre os manifestantes, o reverendo Bernard Tuggerson afirmou que a comunidade afro-americana de Ocala, norte da Floria, tem sofrido "injustiças durante anos".

"O condado está a sofrer e precisa de ser completamente curado", afirmou, exigindo respostas sobre o crime.

O xerife disse que Owens foi baleada momentos depois de se ter dirigido ao apartamento da vizinha, que "tinha gritado com os filhos de Owens" na altura em que brincavam num terreno ao lado das casas.

Antes dos disparos, Susan Lorincz terá gritado "insultos raciais às crianças", disse o advogado de direitos civis Ben Crump, que está a representar a família da vítima.

O xerife disse ainda que, desde janeiro de 2021, os agentes responderam a pelo menos seis chamadas relacionadas com o que a polícia descreveu como "rixas entre Owens e a mulher que a alvejou".

"Havia muita agressividade de ambos os lado, quer fosse a bater nas portas, a bater nas paredes e a fazer ameaças. E foi nesse momento que Owens foi baleada através da porta", disse o xerife.

Leia Também: Mata vizinha negra a tiro e não foi detida. Caso gera polémica na Florida

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