Somália. Conselho de Segurança da ONU pede acordo de cessar-fogo urgente

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) expressou hoje preocupação com a violência em curso no norte da Somália e pediu um cessar-fogo urgente, assim como a retirada imediata das forças de segurança da Somalilândia.

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Lusa
07/06/2023 17:29 ‧ 07/06/2023 por Lusa

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Somália

Reafirmando total respeito pela "soberania, integridade territorial, independência política e unidade da Somália", o órgão da ONU manifestou especial preocupação com a violência em curso em Las Anod, situada na região de Sool, no norte da Somália, que causou um grande número de vítimas civis e o deslocamento de mais de 150.000 pessoas.

Os membros do Conselho de Segurança saudaram os esforços e iniciativas do Governo Federal da Somália, da Etiópia e dos anciãos locais para travar as hostilidade e promover um diálogo nacional inclusivo e apelaram a todas as partes para que cheguem urgentemente a um acordo de cessar-fogo e uma resolução pacífica de conflitos.

Entre os apelos lançados no comunicado consta também um dirigido à Missão de Assistência das Nações Unidas na Somália (Unsom) para que forneça mais apoio de acordo com o seu mandato, incluindo o "envolvimento com todas as partes onde necessário".

O Conselho condenou ainda os protestos reprimidos pelas forças de segurança da Somalilândia - região independentista no norte da Somália - em dezembro do ano passado, que resultaram em mortos e feridos, assim como os atos de violência contra civis e infraestruturas civis.

Nesse sentido, os Estados-membros do Conselho instaram à retirada imediata das forças de segurança da Somalilândia e exortaram à moderação e abstenção de ações provocadoras, lembrando todas as partes das suas obrigações sob o direito internacional.

O Conselho de Segurança concluiu o comunicado com um pedido direcionado a todos os doadores, para que intensifiquem o fornecimento de ajuda humanitária e assistência essencial à região.

A Somália vive em estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohamed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias islâmicas e senhores da guerra.

Nos últimos meses, a Somália intensificou as ofensivas contra o grupo terrorista Al-Shebab - ligado ao grupo fundamentalista Al-Qaida - com o apoio de clãs e milícias locais, no âmbito de uma série de decisões tomadas pelo Presidente, Hassan Shaykh Mohamud, que se comprometeu, na sua tomada de posse, a colocar a luta contra o terrorismo no centro dos seus esforços para estabilizar o país.

Leia Também: Exército da Somália matou 30 supostos terroristas que preparavam ataque

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