O ex-presidente e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, acusou, esta quarta-feira, a Ucrânia - "o inimigo" - "o mundo ocidental" de estarem "prontos para fazer qualquer coisa para eliminar a Rússia da face da terra".
Numa publicação, na plataforma Telegram, considerou que a contraofensiva da Ucrânia começou porque Kyiv "não tinha escolha" face às ordens do Ocidente, que fornecem o dinheiro e armas necessárias. Neste sentido, a Rússia terá de "atacar".
"Não devemos subestimar o inimigo", alertou. "O inimigo e o mundo ocidental que o apoia estão prontos para fazer qualquer coisa para eliminar o nosso país da face da terra".
"Agora o principal é concentrarmo-nos o máximo possível e dar uma resposta decente", acrescentou.
Na ótica de Medvedev, as forças russas "têm uma vantagem significativa na aviação, forças blindadas e armas de alta precisão", além de "moral elevada".
"Precisamos de parar o inimigo e depois lançar uma ofensiva", acrescentou, explicando que, atualmente, o objetivo "não é só libertar" o território russo e "proteger" povo, mas também "derrubar o regime nazi de Kyiv".
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase nove mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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