Numa mensagem publicada na quarta-feira, Trudeau garantiu que há mais bombeiros norte-americanos "a caminho" do Canadá e disse ter conversado por telefone com o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
"Agradeci-lhe por toda a ajuda que os norte-americanos estão a disponibilizar enquanto continuamos a combater estes incêndios florestais devastadores", acrescentou o chefe do governo canadiano, na rede social Twitter.
Num comunicado divulgado na quarta-feira, a Casa Branca confirmou que Biden se ofereceu para ajudar o Canadá na luta contra incêndios florestais "devastadores e históricos".
"O Presidente instruiu a sua equipa a usar todos os recursos federais de combate a incêndios que podem ajudar a extinguir rapidamente os incêndios que afetam as comunidades canadianas e norte-americanas", referiu o comunicado.
Além de cidades canadianas, zonas dos Estados Unidos, incluindo Nova Iorque, entraram na quarta-feira em estado de alerta por causa da poluição do ar, que levou escolas a encerrar recreios e desportos ao ar livre.
O Canadá combatia na terça-feira mais de 400 incêndios ativos, com a maior fatia na província do Quebec. O país registou este ano 2.293 incêndios florestais e cerca de 3,8 milhões de hectares ardidos, acima da média das últimas décadas.
O primeiro-ministro do Quebec, François Legault, anunciou na segunda-feira que a província esperava a chegada de 200 bombeiros especializados no combate a incêndios florestais da França e dos Estados Unidos e que estava em negociações com outros países, como Costa Rica e Chile, para enviar mais pessoal, se necessário.
Legault recomendou aos habitantes da província que fechassem as janelas e evitassem realizar atividades físicas ao ar livre, principalmente as pessoas que sofrem de problemas respiratórios.
Justin Trudeau apontou para as mudanças climáticas como a razão para o aumento do número de grandes incêndios, que "estão a afetar as rotinas diárias, vidas e meios de subsistência e a nossa qualidade do ar".
"Continuaremos a trabalhar -- aqui em casa e com parceiros em todo o mundo -- para enfrentar as mudanças climáticas e lidar com os seus impactos", prometeu Trudeau.
Também o secretário-geral das Nações Unidas António Guterres recorreu às redes sociais para lembrar que "metade da humanidade está na zona de perigo de incêndios florestais e outros eventos climáticos extremos, como inundações, secas e tempestades extremas".
"Com o aumento das temperaturas globais, a necessidade de reduzir rapidamente o risco de incêndios florestais é mais crítica do que nunca. Estamos a ficar sem tempo para fazer as pazes com a natureza, mas não podemos desistir", concluiu o português.
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