"O Governo decidiu que as forças armadas realizarão preparativos com a NATO para possibilitar operações conjuntas. Isto pode envolver o deslocamento temporário de material estrangeiro e pessoal em solo sueco", escreveram hoje Kristersson e o seu ministro da Defesa, Pål Jonson, no jornal "Dagens Nyheter".
Com esta medida pretende-se enviar um sinal claro à Rússia e também reforçar a capacidade defensiva sueca, sublinharam os dois políticos suecos.
O Governo sueco indicou que isto implicará posicionar recursos específicos em locais de importância estratégica, como por exemplo, recursos logísticos na província de Norrbotten, no norte do país, ou sistemas de defesa aérea no sul.
"O deslocamento temporário de tropas pode durar uma ou várias semanas, ou mesmo períodos de tempo mais longos", afirmaram os dirigentes políticos no artigo do jornal.
A Suécia e a Finlândia, que puseram fim ao seu histórico desalinhamento militar em resultado da guerra na Ucrânia, viram os seus pedidos de adesão à NATO aceites na cimeira do ano passado em Madrid, depois de um acordo de última hora com a Turquia para levantar o seu veto.
Entretanto, a Finlândia já foi aceita como membro de pleno direito no início de abril, mas a Suécia ainda espera superar a relutância da Turquia e da Hungria para aderir à Aliança.
Budapeste criticou a atitude "hostil" de Estocolmo e apontou que é necessário resolver um "grande número de reclamações", enquanto Ancara repreendeu o país nórdico por não extraditar pessoas ligadas a organizações que considera terroristas, especialmente curdos.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, assegurou há dias, após um encontro em Istambul com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que a Suécia cumpriu o acordado em Madrid e manifestou a esperança de que a entrada seja formalizada antes da cimeira da Aliança no próximo mês, em Vilnius.
Os representantes da Turquia e da Suécia devem reunir-se dentro de alguns dias para antecipar a entrada sueca.
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