Sudão. Cessar-fogo de 24h acordado com mediação dos EUA e Arábia Saudita

O exército e os paramilitares em guerra no Sudão "acordaram" um novo cessar-fogo de 24 horas negociado por mediadores norte-americanos e sauditas, anunciaram hoje diplomatas da Arábia Saudita, onde decorrem as conversações.

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Lusa
09/06/2023 15:45 ‧ 09/06/2023 por Lusa

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Sudão

Este novo anúncio surge depois de város períodos de tréguas anteriores, que nunca foram respeitados, desde o início do conflito, a 15 de abril, entre as tropas do general Abdel Fattah al-Burhan e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) do general Mohamed Hamdane Daglo.

"Representantes das forças armadas sudanesas e das RSF acordaram um cessar-fogo em todo o país a partir de 10 de junho às 06:00 da manhã, hora de Cartum" (05:00 em Lisboa), anunciaram a Arábia Saudita e os Estados Unidos, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do reino do Golfo.

As partes comprometeram-se a cessar a violência durante o período da trégua e a permitir "a chegada de ajuda humanitária a todo o país".

Washington e Riade afirmam que partilham a "frustração" do povo sudanês depois de anteriores tréguas não terem sido respeitadas.

"Se as partes não respeitarem o cessar-fogo de 24 horas, os mediadores terão de considerar o adiamento das conversações de Jeddah", avisaram os EUA e a Arábia Saudita.

Na semana passada, Riade afirmou que estava a trabalhar com os norte-americanos para "continuar as discussões" com vista a alcançar um cessar-fogo "efetivo", depois de as negociações terem sido oficialmente suspensas.

No entanto, segundo a diplomacia saudita, emissários do exército e dos paramilitares continuam em Jeddah.

O anúncio de hoje surge um dia depois de uma visita à Arábia Saudita do chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, que garantiu que Washington e Riade estavam determinados a "continuar a sua sólida cooperação" e a "pôr fim aos combates no Sudão".

O conflito já fez mais de 1.800 mortos e provocou uma grave crise humanitária num dos países mais pobres do mundo.

Leia Também: ONU alerta para "impacto devastador" da guerra sobre os civis no Sudão

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