Magdalena Mucutuy, a mãe das quatro crianças que, sexta-feira, foram resgatadas depois de passarem cerca de 40 dias desaparecidas na Amazónia colombiana, ainda esteve viva quatro dias depois de o avião Cessna 206 em que seguiam se ter despenhado, a 1 de maio.
A informação foi avançada pelo pai das crianças, Manuel Miller Ranoque, que disse aos jornalistas que foi a filha mais velha quem revelou que a mãe não morreu imediatamente após o acidente.
"A única coisa que a Lesly me disse foi que a mãe ficou viva quatro dias", disse o homem, junto ao hospital militar em Bogotá, onde se encontram as crianças, segundo cita a AFP.
"Antes de morrer, a mãe deles disse-lhes algo como: 'Saiam daqui. Vão encontrar o vosso pai'", acrescentou.
Recorde-se que as crianças, Lesly, de 13 anos, Soleiny, de 9, Tien Noriel, de 5, e Cristin, de 1, foram encontradas na tarde de sexta-feira.
Os menores viajavam com a mãe e outro acompanhante, quando a aeronave desapareceu dos radares, nas imediações de San José del Guaviare, no sul do país, para onde se dirigia, no dia 1 de maio.
O pequeno avião foi encontrado a 8 de maio na vertical, com a zona frontal contra o chão, entre uma vegetação densa.
Os meios de salvamento recuperaram três corpos: o do piloto, o da mãe das crianças e o de um dirigente da comunidade indígena Uitoto.
A esperança de que as crianças pudessem ser encontradas com vida foi alimentada pela descoberta, na selva, de objetos pessoais, assim como de fruta parcialmente comida e de um biberão, além de um "abrigo improvisado feito de paus e ramos".
Mais de 100 militares com cães pisteiros estiveram envolvidos nas buscas, com a ajuda de membros da comunidade indígena.
De acordo com as autoridades de proteção civil, o piloto tinha comunicado problemas com o motor do avião antes de este desaparecer dos radares. A causa do acidente ainda não foi determinada.
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