"Admito que a decisão vai impor uma carga fiscal adicional à maioria do nosso povo, e sinto a sua dor, mas é uma decisão necessária para salvar o país da ruína", argumentou o chefe de Estado, que enfrenta a mesma contestação à medida que a registada em Angola, que é igualmente um dos maiores produtores de petróleo na África subsaariana.
"O Governo que dirijo vai compensar-vos através de um investimento massivo em transportes, infraestruturas, educação, fornecimento regular de energia, cuidados médicos e outros serviços públicos que vão melhorar a qualidade de vida", prometeu.
Citado pela agência Europa Press, Tinubu disse também que "é natural" que aqueles que perderam estejam "dececionados" com o resultado eleitoral, mas salientou que "a beleza da democracia é que os que ganham hoje podem perder amanhã".
"Aqueles que não conseguem suportar e aceitar a derrota nas eleições não merecem a alegria da vitória, sobretudo aqueles que não estão de acordo com o resultado das eleições e aproveitam o máximo de disposições constitucionais para procurar compensações nos tribunais", disse o novo chefe de Estado.
Tibunu criticava assim os candidatos opositores Atiku Abubakar, do Partido Democrático, e Peter Obi, do Partido Trabalhista, que depois de perderem as eleições anunciaram que iam recorrer aos tribunais devido a alegadas irregularidades.
Tinubu sucedeu, em 25 de maio, a Muhammadu Buhari, que esteve à frente do país desde 2015 e que não pôde candidatar-se a um terceiro mandato por imposição constitucional.
As mais recentes eleições na Nigéria, em 25 de fevereiro, foram as primeiras a garantir uma governação civil desde 1999, já que nenhum dos candidatos tinha um passado militar, ao contrário de Muhammadu Buhari, que era um antigo líder militar que já tinha estado à frente do país entre dezembro de 1983 e agosto de 1985.
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