O pastor belga de seis anos que foi fundamental para encontrar várias das pistas que indicavam que as crianças colombianas estavam vivas e sozinhas na floresta está agora desaparecido.
Enquanto o país celebra o facto de as crianças terem sido encontradas com vida, os militares tentam encontrar o último dos perdidos: o cão Wilson.
"As buscas não terminaram", disse neste domingo o Exército Nacional da Colômbia, frisando que as levará a cabo até o animal ser descoberto.
"Devido à complexidade do terreno, à humidade e às condições climatéricas adversas, terá ficado desorientado", afirmaram os militares em comunicado.
Este pastor belga de seis anos foi a chave para encontrar várias das pistas que indicavam que as crianças estavam vivas e sozinhas no meio da selva e vários relatos até indicam que em algum momento o cachorro as encontrou e passou algum tempo com elas.
Mas agora está perdido numa selva perigosa e de clima adverso, habitat de muitos predadores.
Sob a premissa de que "ninguém fica para trás", o Exército procura o cachorro Wilson como "mais um do comando".
Recorde-se que as crianças sobreviveram 40 dias na Amazónia colombiana após a queda de um avião na floresta.
O avião despenhou-se no dia 1 de maio, e as crianças - de 13 anos, 9 anos, 4 anos e a mais nova de 11 meses de idade - acabaram por ficar sozinhas e isoladas, sem a mãe que acabara de morrer, numa zona onde animais selvagens vivem e caçam abundantemente.
Foram finalmente encontrados a 9 de junho, graças aos esforços dos militares e de um grupo de indígenas. Recuperam agora num hospital em Bogotá, capital do país.
Segundo Astrid Cáceres, diretora do Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar, entidade que zela pelos direitos das crianças, os menores indicaram ter encontrado um "cachorro" na selva, sem especificar se era Wilson.
Wilson é membro dos esquadrões de busca desde que era um cachorro. Cáceres acrescentou que as crianças falaram “do cachorrinho que se perdeu, que não sabem onde estava e que os acompanhou durante algum tempo”.
Acrescenta-se que os militares afirmam ter "encontrado pegadas que seriam as dos menores e muito próximas também as que poderão ser do cão".
Durante uma visita às crianças no hospital do comandante das Forças Armadas, Helder Fernán Giraldo Bonilla, as meninas Lesly e Soleiny entregaram-lhe alguns desenhos que parecem ser do cão Wilson.
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