Sobe para 303 o número de mortos após jejum extremo no Quénia

O número de mortos no "massacre de Shakahola", uma floresta no Quénia onde se reunia uma seita que defendia o jejum extremo para "encontrar Jesus", subiu para 303, após a descoberta de mais 19 corpos, anunciou hoje um responsável regional.

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© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images

Lusa
13/06/2023 17:45 ‧ 13/06/2023 por Lusa

Mundo

Quénia

O autoproclamado pastor da seita, Paul Nthenge Mackenzie, está preso desde 14 de abril, dia em que foram descobertas as primeiras vítimas, e será processado por "terrorismo", num caso que abalou este país altamente religioso da África Oriental.

Quase todas as vítimas mortais do chamado "massacre de Shakahola", designação da floresta onde ocorreu a tragédia, foram exumadas das sepulturas e valas comuns encontradas, com exceção de alguns que morreram no hospital devido ao estado de desnutrição em que se encontravam.

As autópsias efetuadas a mais de uma centena de corpos revelaram que, embora todos apresentassem sinais de fome, os cadáveres de pelo menos três menores e um adulto apresentavam também vestígios de estrangulamento e asfixia.

As primeiras investigações da polícia sugerem também que os fiéis foram obrigados a continuar o jejum, mesmo que quisessem abandoná-lo.

Leia Também: Floresta onde foram encontrados corpos no Quénia será local de homenagem

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