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"Extremismo". Diretora de campanha de Navalny condenada a 7 anos e meio

Apoiantes do líder da oposição russa reagiram com descontentamento a esta sentença contra Liliya Chanysheva.

"Extremismo". Diretora de campanha de Navalny condenada a 7 anos e meio
Notícias ao Minuto

09:33 - 14/06/23 por Ema Gil Pires com Lusa

Mundo Navalny

Uma antiga diretora de campanha de Alexei Navalny foi condenada a sete anos e meio de prisão, esta quarta-feira, pela "criação de uma organização extremista", segundo deu conta o grupo de direitos humanos russo OVD-Info.

Segundo o que está a ser noticiado pela Reuters, apoiantes do líder da oposição russa reagiram com descontentamento a esta sentença contra Liliya Chanysheva, antiga diretora de campanha de Navalny na cidade russa de Ufa, nos Urais.

Nas palavras de Lyubov Sobol, uma aliada de Alexei Navalny, este tratou-se de mais um "veredito político", com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, a conseguir colocar "mais um refém numa colónia penal".

O opositor russo deverá ser julgado em breve, também ele, por "extremismo", arriscando uma pena de mais 35 anos na prisão.

Detido desde janeiro de 2021, após regressar à Rússia recuperado de um envenenamento grave que atribui ao Kremlin, Alexei Navalny considera que este novo caso é uma forma de o manter em prisão perpétua.

Em março de 2021, foi condenado a nove anos de prisão por acusações de "fraude" que considera fictícias e tem continuado a enviar mensagens à sua equipa a partir da prisão, falando das condições de detenção e criticando a liderança de Vladimir Putin e a invasão russa da Ucrânia.

Recorde-se que Navalny condenou nas redes sociais a "guerra criminosa" lançada na Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, a quem acusou de enviar centenas de milhares de russos para "o matadouro".

Os colaboradores de Navalny, que fez 47 anos no início do mês, mencionaram que este já estava preso há 856 dias, dos quais 165 foram passados em regime de isolamento, e acusaram os dirigentes da prisão de o procurarem envenenar.

Na perspetiva de vários grupos de direitos humanos, bem como de muitos governos ocidentais, este líder da oposição russa trata-se de um prisioneiro político.

Leia Também: Nova acusação a Navalny começou a ser apreciada à porta fechada

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