Na declaração, um porta-voz militar avançou que a criança, de dois anos, foi morta sem querer quando um soldado considerou erradamente que ela e o seu pai eram militantes em fuga.
Um dos soldados envolvido no caso vai ser objeto de repreensão, mas que não vai haver nem processo-crime nem medidas disciplinares.
Grupos de direitos humanos consideraram que os militares israelitas têm feito muito pouco para investigar e punir os seus soldados pelas mortes de palestinianos na Cisjordânia ocupada, criando um padrão de impunidade.
A morte da criança, Mohammed al-Tamimi, depois de ter sido ferida por soldados israelitas, nas proximidades da sua localidade de Nebi Saleh desencadeou uma vaga de pesar e ira.
O seu pai, Haitham al-Tamimi, de 44 anos, classificou a investigação dos militares israelitas como um 'branqueamento'. O resultado junta insulto à injúria.
"Claro que não estávamos à espera de justiça, mas este relatório parece-nos mais um crime em cima do crime original", disse. "É tudo o que têm a dizer quando o meu filho foi morto a sangue-frio, quando a sua vida foi eliminada antes de poder descobrir que tipo de pessoa iria ser?".
Investigações militares recentes também não resultaram em processos-crime, como as mortes da jornalista americana-palestiniana Shireen Abu Akleh, correspondente da Al Jazeera, e do idoso americano-palestiniano Omar Assad.
Os confrontos entre israelitas e palestinianos na Cisjordânia ocupada já causou a morte a 123 palestinianos só este ano, segundo um levantamento feito pela The Associated Press. No mesmo período, ataques palestinianos a israelitas causaram 21 mortes.
Leia Também: Morreu criança palestiniana ferida por tropas israelitas