NATO avança com planos regionais que colocam em alerta 300 mil militares

Os ministros de Defesa da NATO avançaram hoje com novos planos regionais para o reforço da dissuasão e defesa aliadas, com a colocação de 300.000 efetivos em alerta máximo, e que deverão ser concretizados na cimeira da organização.

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Lusa
16/06/2023 20:20 ‧ 16/06/2023 por Lusa

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"Pela primeira vez desde a Guerra Fria, estamos a relacionar plenamente a planificação da nossa defesa coletiva com a planificação das nossas forças, capacidades e comando e controlo", afirmou o secretário-geral da Aliança. Jens Stolenberg, em conferência de imprensa após o final da reunião de dois dias dos ministros.

Esta foi a última reunião ministerial antes da próxima cimeira, em julho na Lituânia, e esteve sobretudo centrada nos preparativos das decisões que serão então aprovadas, incluindo o apoio à Ucrânia para que continue a enfrentar a invasão russa.

Stolenberg disse que os planos regionais dependerão dos três quartéis aliados de Norfolk (EUA), Brunssum (Países Baixos) e Nápoles (Itália), que repartem geograficamente a defesa de toda a Aliança.

Os ministros também chegaram a acordo para a criação de um centro marítimo da NATO destinado a reforçar a segurança de infraestruturas submarinas críticas, e que podem ser sujeitas a sabotagem, como sucedeu com os gasodutos Nord Stream.

Os ministros da Defesa da NATO reuniram-se na quinta-feira e hoje, em Bruxelas, com a ajuda à Ucrânia a dominar a agenda e Portugal representado pela titular da pasta, Helena Carreiras.

Antes, Stoltenberg havia já saudado os novos anúncios de fornecimento de armas e formação militar à Ucrânia e o compromisso dos aliados de aumentar o apoio ao país.

"Congratulo-me com os novos anúncios sobre o fornecimento de armas e formação à Ucrânia, incluindo a iniciativa liderada pelos Países Baixos e pela Dinamarca para começar a treinar pilotos ucranianos em caças F-16 este verão", disse, em conferência de imprensa.

Stoltenberg sublinhou ainda a intenção do Reino Unido e dos Estados Unidos de fornecerem "centenas de mísseis de defesa aérea de curto e médio alcance".

Ainda no âmbito da ajuda à Ucrânia, na sequência da guerra lançada pelo Rússia em 24 de fevereiro de 2022, o responsável da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), referiu que os aliados se comprometeram a aumentar o apoio a Kiev através do Pacote de Assistência Global da NATO, "com contribuições e compromissos que ascendem já a 500 milhões de euros".

Stoltenberg anunciou também que está a ser preparado um novo conselho NATO-Ucrânia, onde o país esteja em pé de igualdade com os membros da organização.

"A nossa ambição é termos uma primeira reunião do novo conselho em Vilnius, com o Presidente Zelensky", referiu, na cimeira da NATO, em julho.

Leia Também: Presidente da África do Sul apela em Kyiv à "desescalada"

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