A Turquia, juntamente com a Hungria, é o último país que está a bloquear a adesão da Suécia à Aliança Atlântica, e acusa Estocolmo de uma atitude pouco firme face ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha curda da Turquia e considerada uma organização terrorista pela Turquia, União Europeia e Estados Unidos.
"A Suécia promoveu vários passos. Aprovou leis, tentam demonstrar a sua vontade, e também disseram que vão extraditar um ou dois membros do PKK", disse Çelik - um dos dirigentes do islamista e conservador Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no poder desde 2003) e liderado pelo Presidente Recep Tayyip Erdogan -, perante os 'media'.
"Mas apresentar essas leis não é suficiente. Tem de ser aplicada com determinação. Ou o sistema judiciário não as aplica com suficiente rigor, sob o pretexto da liberdade de expressão, ou as forças de segurança não fazem o suficiente", criticou o porta-voz.
Indicou ainda que as pessoas extraditadas até ao momento "não tinham relação com o terrorismo mas estavam vinculadas ao narcotráfico" e manifestou a esperança de que Estocolmo "mostre a necessária sensibilidade na extradição de pessoas vinculadas ao terrorismo".
Na passada quarta-feira Erdogan emitiu uma posição similar, ao criticar "os terroristas que se manifestam na rua na Suécia", e apesar de ter prometido comparecer na cimeira da NATO de Vilnius, em 10 e 11 de julho, excluiu uma aprovação de Anacara à adesão da Suécia antes do conclave aliado.
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