O exército israelita disse que um grupo de palestinianos abriu fogo perto de uma bomba de gasolina nos arredores do colonato de Eli, no norte da Cisjordânia, e que um deles foi morto a tiro, antes de partirem em busca de outros "suspeitos".
A Magen David Adom, equivalente israelita da Cruz Vermelha, declarou que quatro pessoas tinham sido declaradas mortas no local e que outras quatro tinham ficado feridas, incluindo uma em estado grave, naquele que é considerado o ataque palestiniano mais mortífero contra Israel desde janeiro, quando sete israelitas foram mortos num outro ataque a tiro perto de uma sinagoga num colonato de Jerusalém Oriental.
Os feridos de hoje foram levados para o hospital e um dos atacantes foi morto a tiro pelo exército, que está a procurar outros possíveis atacantes na zona, enquanto os colonatos vizinhos foram encerrados por razões de segurança.
O tiroteio ocorreu depois de, segundo o exército israelita, vários "terroristas terem chegado num veículo" à estação de serviço e "terem aberto fogo sobre civis", presumivelmente colonos.
Depois disso, "um civil da zona neutralizou um dos terroristas", enquanto os soldados "estão a perseguir mais suspeitos" e bloquearam várias estradas na zona, acrescentou.
À chegada ao local, os médicos tentaram reanimar vários dos feridos, mas quatro deles foram declarados mortos pouco depois devido à gravidade dos ferimentos provocados pelas balas, informou o serviço de emergência israelita United Hatzallah.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, foi informado dos pormenores do ataque e irá reunir-se hoje à tarde com o Chefe do Estado-Maior do Exército e outros altos responsáveis da segurança israelita para avaliar a situação, informou uma porta-voz ministerial.
O ataque surge 24 horas depois de a Cisjordânia ter vivido um dos dias mais violentos, com nove horas de pesados tiroteios em Jenin envolvendo milicianos palestinianos e tropas israelitas.
O tiroteio provocou a morte a seis palestinianos e feriu outros 90, enquanto um outro palestiniano foi morto num incidente separado com o exército perto de Belém.
O movimento islamita palestiniano Hamas saudou já o ataque de hoje, que "causou mortos e feridos entre as manadas de colonos", mas não reivindicou a sua autoria.
"A operação afirma que o nosso povo palestiniano não se dobrará perante a tirania da ocupação e do seu exército, e a resistência continuará os seus ataques e responderá com toda a força aos crimes da ocupação sionista", afirmou o Hamas.
Tariq Selmi, porta-voz da Jihad Islâmica, outro grupo armado palestiniano, descreveu o ataque como "uma operação heroica de um comando no contexto do legítimo direito à autodefesa", mas também não reivindicou o ataque.
O incidente é mais um dos atos de violência que têm ocorrido no norte da Cisjordânia, reduto dos grupos armados e das milícias palestinianas, onde as frequentes incursões israelitas degeneram frequentemente em confrontos mortais.
Desde o início do ano, pelo menos 166 palestinianos, 21 israelitas, um ucraniano e um italiano foram mortos em atos de violência ligados ao conflito israelo-palestiniano, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais israelitas e palestinianas.
As estatísticas incluem combatentes e civis, entre eles menores, dos dois lados, e ainda a morte de três membros da minoria árabe do lado israelita.
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