A cidade de Chicago, uma das mais densamente povoadas e mais violentas dos Estados Unidos, assistiu a dezenas de tiroteios ao longo do último fim de semana, com as autoridades a registarem um total de 13 mortos devido à violência armada.
Segundo as autoridades locais, num relatório revisto pela ABC News, pelo menos 75 pessoas foram baleadas na cidade, espalhadas por 51 incidentes diferentes entre as 18 horas de sexta-feira e as 23h59 de segunda-feira.
Entre as vítimas mortais contam-se um homem, pai de quatro filhos, que foi morto a tiro durante um convívio do Dia do Pai num parque. Foram também registados casos de adolescentes envolvidos em tiroteios, nomeadamente o caso de um rapaz de 14 nos, que foi repetidamente alvejado no meio da rua.
Chicago tem assistido a um declínio na violência armada, tanto no número de homicídios como no número de tiroteios, comparativamente a 2022. A ABC nota que, antes deste fim de semana, os homicídios tinham caído 7% em relação ao ano passado, quando morreram 257 pessoas na primeira metade do ano, e o número de tiroteios caiu 5%.
No entanto, este último fim de semana - dois dias importantes para o calendário dos norte-americanos, que celebraram o Dia do Pai e o 'Juneteenth', o feriado que assinala a emancipação dos afroamericanos escravizados e que é considerada como uma das principais datas dos movimentos antirracistas do país - foi um dos mais violentos.
Estes dias ultrapassaram o fim de semana do Dia do Memorial, celebrado a 29 de maio, quando 53 foram baleadas (onze delas morreram) em 41 tiroteios diferentes.
O autarca da cidade lamentou os incidentes violentos, especialmente os que envolvem crianças, pedindo uma maior legislação no país face ao acesso facilitado a armas de fogo em vários estados.
O ano de 2023 pode tornar-se no mais violento de sempre nos Estados Unidos, no que diz respeito à violência armada. Segundo o site Gun Violence Archive, já morreram mais de 8.700 pessoas baleadas por outras, e foram registados 318 tiroteios em massa (tiroteios com quatro ou mais vítimas, mortais ou não e excluindo o atirador), o que corresponde a uma média de 1,85 tiroteios por dia no país.
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