"Estamos profundamente preocupados com o aumento da violência na Cisjordânia nos últimos meses", declarou à imprensa o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, depois de ter condenado o ataque da véspera, em que quatro israelitas foram mortos perto do colonato judeu de Eli.
Referiu igualmente a existência de "informações perturbadoras sobre violência extremista por parte de colonos contra civis palestinianos, incluindo a morte de uma criança palestiniana".
"Condenamos da mesma forma esses atos violentos e transmitimos as nossas condolências às famílias atingidas", afirmou, apelando ao Governo israelita para processar judicialmente os responsáveis pelo ataque.
Cerca de 200 israelitas entraram hoje na localidade de Turmusayya, no norte da Cisjordânia ocupada, e incendiaram terrenos agrícolas e dezenas de viaturas, relataram os habitantes à agência de notícias francesa AFP.
O Ministério da Saúde palestiniano indicou que houve um morto, atingido a tiro no peito.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano apelou de novo a uma contenção da violência e reiterou a oposição de Washington a qualquer medida "unilateral" destinada a expandir os colonatos israelitas nos territórios palestinianos.
Indicou ainda que uma alta responsável do Departamento de Estado, Barbara Leaf, se encontra na região e está em contacto com as autoridades israelitas e palestinianas para tentar "restaurar a calma".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, apelou hoje à ordem pública e condenou os tumultos em Israel e na Cisjordânia ocupada, após um violento incidente nos colonatos que provocou 20 feridos.
"Há dias em que devemos afirmar o que é evidente: o Estado de Israel é uma nação de leis. Todos os cidadãos de Israel são obrigados a obedecer à lei. Não permitiremos tumultos", disse Netanyahu, num comunicado.
Hoje, 12 polícias e oito civis ficaram feridos durante confrontos nos Montes Golã, no norte de Israel, quando milhares de pessoas se manifestaram contra a construção de um parque eólico perto da cidade de Majdal Shams.
Este foi o segundo dia consecutivo em que milhares de residentes saíram às ruas para protestar, de forma violenta, contra o que consideram ser uma ameaça ao seu modo de vida agrícola.
O comissário da Polícia de Israel, Yaakov Shabtai, condenou "a violência contra a polícia e contra os símbolos do Governo", ao mesmo tempo que várias cidades palestinianas na Cisjordânia ocupada sofreram ataques violentos de colonos israelitas, provocando a morte de um palestiniano.
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