FSB avança com processo contra Prigozhin. Putin "já foi informado"

O Serviço Federal de Segurança afirmou que o líder do Grupo Wagner convocou uma "rebelião armada". Putin "já foi informado" da situação e estão a ser "tomadas as medidas necessárias".

Notícia

© Reuters

Notícias ao Minuto
23/06/2023 21:41 ‧ 23/06/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia anunciou, esta sexta-feira, que vai avançar com um processo criminal contra o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigohzhin, que acusou as tropas russas de lançarem um ataque contra os mercenários. Também o Kremlin garantiu que estão a ser "tomadas as medidas necessárias" e que o presidente russo, Vladimir Putin, foi informado da situação. 

"O FSB iniciou um processo criminal pelo facto de [Yevgeny Prigohzhin] convocar uma rebelião armada. Exigimos o fim imediato das ações ilegais", disse o FSB, citado pela agência de notícias russa RIA.

A decisão surge após o líder do grupo paramilitar ter acusado o Exército russo de realizar ataques contra acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas".

Numa publicação na plataforma Telegram, Prigozhin garantiu que irá retaliar e culpou o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, que já negou as acusações, afirmando tratar-se de uma "provocação".

Já numa breve declaração aos jornalistas, citado pela agência de notícias russa TASS, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que Putin foi "informado de todos os eventos em torno de Prigozhin". 

"O presidente Putin foi informado de todos os eventos em torno de Prigozhin. As medidas necessárias estão a ser tomadas", frisou.

As acusações de Prigozhin vêm adensar as profundas tensões dentro das forças de Moscovo relativamente à ofensiva na Ucrânia. Ainda esta sexta-feira, o líder do Grupo Wagner afirmou que o Exército russo está a recuar em vários setores no sul e leste da Ucrânia e culpou o ministro da Defesa pela guerra. 

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de nove mil civis morreram e quase 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Prigozhin nega "golpe militar" e convida russos para marcha "por justiça"

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas