De acordo com a mais recente avaliação, hoje, os serviços secretos militares britânicos estimam que o grupo Wagner controla atualmente "áreas de segurança fundamentais" na cidade, nomeadamente "o quartel-general que dirige as operações militares na Ucrânia".
O ministério constatou que os soldados do grupo Wagner estão a avançar dali para o norte do país, "através da região de Voronezh" e que "é quase certo que tem Moscovo como alvo".
O Ministério da Defesa britânico dispõe de "provas muito limitadas de combates" entre Wagner e as forças russas, "algumas das quais permaneceram passivas", num gesto de "consentimento" para com o grupo de mercenários.
De um modo geral, o que aconteceu nas últimas horas é o culminar da "inimizade" existente entre o grupo Wagner e o Ministério da Defesa russo, que agora se transformou num "confronto militar absoluto" e numa ameaça à integridade do Estado russo, afirmaram.
"Nas próximas horas, a lealdade das forças de segurança russas, e especialmente da Guarda Nacional Russa, será fundamental para o desenvolvimento da crise - o desafio mais importante para o Estado russo nos últimos tempos", concluiu o Ministério da Defesa na sua rede social 'Twitter'.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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