Sunak "acompanha de perto" crise na Rússia e pede proteção de civis
O primeiro-ministro britânico afirmou hoje que o Reino Unido está "a acompanhar de muito perto" a evolução da rebelião do grupo mercenário Wagner na Rússia e exortou as partes envolvidas na crise a serem "responsáveis e protegerem os civis".
© Dan Kitwood/Getty Images
Mundo Rússia
Em declarações à BBC, Rishi Sunak aludiu à revolta iniciada na sexta-feira à noite pelo grupo liderado por Yevgeni Prigozhin, considerado pelo Ministério da Defesa do Reino Unido como "o desafio mais significativo" enfrentado pelo Kremlin nos últimos tempos.
"Estamos a acompanhar de perto a situação, que continua a evoluir no terreno", disse o líder conservador ao canal televisivo, enfatizando que "o mais importante (...) é que [as partes] sejam responsáveis e protejam os civis".
O chefe do executivo londrino revelou que pretende falar com alguns dos líderes aliados do seu Governo para "estarem coordenados numa situação como esta".
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, James Cleverly, disse hoje num 'tweet' que o país está "a monitorizar a situação com cuidado" e se mantém "em contacto próximo" com os seus aliados.
Segundo o último relatório de inteligência militar divulgado hoje pelo Ministério da Defesa do Reino Unido, a Rússia enfrenta o "desafio mais significativo" dos últimos tempos e a "lealdade" das suas forças de segurança será "chave" para o desfecho da crise.
Num comunicado divulgado na sua conta no Twitter, o ministério refere que, "durante as próximas horas, a lealdade das forças de segurança da Rússia, e especialmente da Guarda Nacional Russa, será a chave para o desenrolar da crise".
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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