Rebelião. Opositor russo no exílio pede apoio ao líder do grupo Wagner
O opositor russo exilado Mikhail Khodorkovsky apelou hoje ao apoio ao líder do grupo Wagner na sua rebelião contra o comando militar russo, alegando que o verdadeiro inimigo não está em Kyiv, mas sim em Moscovo.
© Reuters
Mundo Khodorkovsky
"A rebelião de Prigozhin, apesar da sua fraqueza e falta de preparação, é até agora o golpe mais forte à reputação de Putin", escreveu no Telegram o empresário, que era o homem mais rico da Rússia até ao seu exílio.
Para Khodorkovsky, o exército russo "foi arruinado pelas mãos dos bandidos próximos" do Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e "não pode derrotar" a Ucrânia.
"O que podemos fazer para ajudar o nosso país agora é ajudar as pessoas a ouvir Prigozhin" e "convencer os que serão enviados para detê-lo de que agora temos um inimigo comum", enfatizou.
Segundo o ex-magnata do petróleo no exílio, chegou a altura de ajudar e, se necessário, lutar também.
O empresário foi detido em 2003 e declarado culpado de vários crimes económicos, condenado a 14 anos de prisão e preso na Sibéria, até ter sido indultado por Putin em 2013.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
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