"Estamos em estreito contacto para coordenar e trocar informações", revelou a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, na sua conta do Twitter, incluindo na mensagem na rede social os seus homólogos da Letónia (Krisjanis Karins), da Lituânia (Ingrida Simonyte) e da Finlândia (Petteri Orpo).
O primeiro-ministro da Letónia, Krisjanis Karins, acrescentou que os países do Báltico estão "prontos a tomar medidas adicionais, se necessário, para proteger as fronteiras".
A representante da Lituânia, Ingrida Simonyte, por seu lado, sustentou que "quanto mais o 'segundo exército mais forte do mundo' [russo] se preocupar com a contraofensiva nas suas fileiras, menos trabalho restará à Ucrânia".
Os três Estados bálticos, todos ex-repúblicas soviéticas, já tinham anunciado um reforço das suas fronteiras orientais, sendo que tanto a Estónia como a Letónia têm fronteiras terrestres com a Rússia e a Lituânia tem uma fronteira com o enclave russo de Kaliningrado.
Já a Finlândia, que completou a sua adesão à NATO em abril, partilha 1.340 quilómetros de fronteira, a mais longa fronteira terrestre com a Rússia entre os parceiros da NATO e da UE, sublinha a EFE.
As reações destes países surgem na sequência da declaração do chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, que hoje reivindicou a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
O presidente russo, Vladimir Putin, qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma "traição", garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
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