As autoridades russas irão conceder uma amnistia aos mercenários do Grupo Wagner que decidam "depor as armas", revelou, este sábado, a agência de notícias russa TASS, citando um legislador da Duma (câmara baixa do Parlamento russo).
"É claro que existe uma oportunidade para depor as armas e evitar o castigo e o presidente [Vladimir Putin] também falou sobre isso", explicou Pavel Krasheninnikov.
"Sabemos que há muitas pessoas entre eles que deram provas na operação militar especial, e há respeito por elas", acrescentou, referindo-se à invasão russa da Ucrânia.
No entanto, segundo Krasheninnikov, para "não desperdiçar" a "oportunidade", os mercenários deverão render-se "o mais rapidamente possível e não sucumbir às provocações dos líderes dos rebeldes".
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
Putin qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
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