O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu ao recuo da "rebelião armada" dos mercenários do Grupo Wagner, considerando que "hoje o mundo viu que os chefes da Rússia não controlam nada".
"Hoje o mundo viu que os chefes da Rússia não controlam nada. Nada mesmo. Um caos total. Ausência total de qualquer previsibilidade", começou por referir numa publicação na rede social Twitter.
O chefe de Estado ucraniano garantiu que a "Ucrânia será definitivamente capaz de proteger a Europa de quaisquer forças russas" e sublinhou que a "segurança do flanco oriental da Europa depende apenas" da defesa ucraniana.
"Soldados ucranianos, armas ucranianas, tanques ucranianos, mísseis ucranianos são tudo o que protege a Europa de marchas como as que vemos atualmente em território russo", destacou.
Dirigindo-se ao povo russo, Zelensky deixou ainda um alerta: "Quanto mais tempo as vossas tropas permanecerem em território ucraniano, mais devastação trarão à Rússia. Quanto mais tempo esta pessoa [Vladimir Putin] estiver no Kremlin, mais desastres haverá".
Today, the world saw that the bosses of Russia do not control anything. Nothing at all. Complete chaos. Complete absence of any predictability.
— Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) June 24, 2023
First, the world should not be afraid. We know what protects us. Our unity.
Ukraine will definitely be able to protect Europe from any…
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou hoje a ocupação de Rostov, cidade-chave no sul da Rússia para guerra na Ucrânia, e apelou a uma rebelião contra o comando militar russo, que acusou de atacar os seus combatentes.
Putin qualificou a ação do grupo paramilitar de rebelião, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição, garantindo que não vai deixar acontecer uma "guerra civil".
Já ao final da tarde, Prigozhin aceitou suspender as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, depois de ter negociado com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
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