Na sequência da sublevação do grupo de mercenários Wagner, entre sexta-feira e o final do dia de sábado, Díaz-Canel enviou hoje uma mensagem de solidariedade ao povo e ao governo da Rússia, segundo a imprensa oficial cubana.
"Expresso a solidariedade do povo e do governo de Cuba ao estimado Presidente Putin e ao povo irmão da Federação Russa, perante as tentativas de provocar uma rebelião armada na sua nação", disse o Presidente cubano.
Díaz-Canel expressou ainda a sua "convicção total" de que "unidade e ordem constitucional" prevalecerão na Rússia.
O chefe do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, suspendeu no sábado as movimentações da rebelião na Rússia contra o comando militar, menos de 24 horas depois de ter ocupado Rostov, cidade-chave no sul do país para guerra na Ucrânia.
Antes da suspensão, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, qualificou de rebelião a ação do grupo, afirmando tratar-se de uma "ameaça mortal" ao Estado russo e uma traição.
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, causando "um número muito grande de vítimas", acusações negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
As acusações de Prigozhin expõem profundas tensões dentro das forças de Moscovo em relação à ofensiva na Ucrânia.
Ao fim do dia, Prigozhin anunciou ter negociado um acordo com o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
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