O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, continua sob investigação do Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB) por suspeita de organizar um motim armado. A informação foi avançada esta segunda-feira pelo jornal Kommersant, que citava uma fonte não identificada, e entretanto confirmada pela Procuradoria-Geral da Rússia.
Recorde-se que o processo criminal contra Prigozhin teve início na passada sexta-feira, 23 de junho.
No sábado, como parte de um acordo, o Wagner suspendeu aquilo que denominou de "marcha pela justiça", tendo o porta-voz do Kremlin revelado que, face à retirada dos combatentes do grupo paramilitar, o acordo estabelecia que as acusações criminais seriam retiradas e Prigozhin ia viver para a Bielorrússia.
No entanto, o processo criminal contra Prigozhin ainda não foi encerrado.
"O processo não foi encerrado, a investigação continua", disse hoje uma fonte da Procuradoria-Geral da Rússia, citada pelas três principais agências noticiosas russas.
Note-se que o líder do grupo Wagner ainda ainda não comentou os termos do acordo, negociado pelo presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko.
Recorde-se que o líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, avançou, na sexta-feira, com uma rebelião na Rússia, que acabou por suspender menos de 24 horas depois, já após ter ocupado Rostov, uma importante cidade no sul do país para a logística da guerra na Ucrânia.
Prigozhin acusara antes o Exército russo de atacar acampamentos dos seus mercenários, provocando "um número muito grande de vítimas". As acusações foram negadas pelo Ministério da Defesa da Rússia.
Vladimir Putin discursou ao país e falou numa "ameaça mortal" ao Estado russo e numa "traição".
[Notícia atualizada às 10h27]
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