Democracia no Brasil tem de ser defendida porque é "todos os dias minada"

O presidente do Senado do Brasil, Rodrigo Pacheco, disse hoje que é preciso defender todos os dias a democracia em todo o mundo, mas principalmente no Brasil, onde esta forma de governação é "diariamente atacada".

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Lusa
28/06/2023 20:04 ‧ 28/06/2023 por Lusa

Mundo

Rodrigo Pacheco

fundamental afirmar em todos os eventos a importância da democracia, para o Brasil, para Portugal, para todo o mundo como o melhor regime de convivência de uma sociedade", disse Rodrigo Pacheco, na sua intervenção no Fórum Jurídico de Lisboa, que decorreu desde segunda-feira na capital portuguesa.

"A democracia no Brasil é aviltada, questionada, tentaram tomá-la de assalto a 08 de janeiro, mas a democracia mostrou-se muito forte e saiu destes episódios mais forte", disse o presidente do Senado, acrescentando que "as instituições brasileiras, os homens e mulheres de todos os poderes demonstraram o seu valor ao defender a democracia" e "isso deve ser enaltecido sempre".

Para Rodrigo Pacheco, a democracia no Brasil é atacada diariamente: "A democracia não é questionada apenas ao tomar-se o espaço dos poderes, como aconteceu com o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, mas é todos os dias minada, questionando-se as urnas eletrónicas, a justiça eleitoral, as instituições, as autoridades, as liberdades públicas e as garantias individuais".

Marcando o contraste com o que acontecia durante a vigência do anterior governo liderado por Jair Bolsonaro, Rodrigo Pacheco diz que agora há uma convivência salutar entre os vários poderes no Brasil.

"Há uma boa relação entre os diferentes poderes, estamos a viver hoje um ambiente saudável, no executivo, judicial e legislativo, que tenho a honra de representar, e é nesse ambiente de separação harmoniosa, com respeito pelo papel de cada um, que conseguiremos construir uma verdadeira nação, porque quem cumpre o seu papel colabora para a sociedade e para a preservação da democracia", concluiu.

Em 08 de janeiro, milhares de manifestantes radicais que não reconheceram a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de outubro do ano passado invadiram a sede presidencial, do Congresso e do Supremo Tribunal, numa tentativa de forçar um golpe de Estado contra Luiz Inácio Lula da Silva.

Leia Também: Personalidades brasileiras pedem a Lula da Silva asilo de Julian Assange

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