"Numa operação antiterrorista em solo iraniano, a Mossad capturou o chefe de uma célula", de nome Yusef Shahabazi, "que forneceu aos seus investigadores uma informação detalhada que permitiu o desmantelamento da célula", asseguraram os serviços secretos judaicos.
A revelação é considerada muito rara pelo facto de a Mossad geralmente atuar com o máximo secretismo e quase nunca revelar as suas operações no estrangeiro.
O Irão, arqui-inimigo de Israel, denunciou no passado diversos grupos e operações vinculadas à Mossad, e também acusou Israel de efetuar assassinatos e ações que mataram cientistas nucleares e responsáveis militares em território iraniano.
Agora, a Mossad divulgou inclusive um vídeo em que Shahabazi confessa detalhes sobre a sua deslocação a Chipre e planos para cometer um assassinato.
A informação terá sido entregue aos serviços de segurança cipriotas, que desmantelaram a célula iraniana, com a Mossad a prometer que "continuará a tomar medidas decididas para evitar ataques contra judeus e israelitas em todo o mundo".
No domingo, os 'media' cipriotas informaram sobre os preparativos de um ataque, frustrado pelos serviços secretos locais com alegada colaboração de Israel e Estados Unidos, e atribuíram-no ao Corpo da Guarda Revolucionária do Irão, considerado "organização terrorista" por Washington e diversos países.
Israel e o Irão mantêm uma guerra encoberta que inclui ciberataques, supostos assassinatos e sabotagens a barcos e instalações nucleares iranianas, apesar de nenhum dos países ter reconhecido publicamente estas ações.
O Conselho de Segurança Nacional de Israel advertiu este ano que Chipre e a Grécia são países onde podem registar-se ataques a judeus e israelitas.
O Estado judaico também tem atacado desde há vários anos posições militares iranianas ou de milícias aliadas na Síria para tentar contrariar a sua presença na região.
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