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Espanha quer fechar pacto sobre migrações durante presidência da UE

A política migratória da União Europeia (UE) é um dos temas que vão marcar a presidência semestral espanhola do Conselho, que começa em 01 de julho, e que Madrid ambiciona conseguir fazer aprovar no seu mandato.

Espanha quer fechar pacto sobre migrações durante presidência da UE
Notícias ao Minuto

08:08 - 30/06/23 por Lusa

Mundo União Europeia

Em 08 de junho, o Conselho da UE chegou a um acordo, por maioria, sobre a reforma das regras de asilo na UE, o que permite lançar negociações com o Parlamento Europeu, que tinha adotado a sua posição sobre a legislação em abril.

A rota do Mediterrâneo Ocidental refere-se a chegadas irregulares a Espanha, tanto por via marítima, ao território continental de Espanha, como por via terrestre, aos enclaves espanhóis de Ceuta e Melilha no Norte de África.

Esta rota é utilizada principalmente por migrantes da Argélia e de Marrocos, mas há pessoas de muitos países da África subsariana que também tentam chegar à Europa através desta rota.

Segundo os dados mais recentes da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira - Frontex, nos primeiros cinco meses do ano, o número de travessias detetadas recuou 6%, para as 3.977, face ao período homólogo.

A presidência espanhola terá a tarefa de conduzir as negociações entre os colegisladores de modo a ter o processo concluído até abril de 24, ainda nesta legislatura - estando as eleições europeias, marcadas para entre 04 e 09 de junho, mas Madrid ambiciona fechar o processo ainda durante o seu mandato, que termina em 31 de dezembro, e inscreveu o tema das migrações na prioridade "Reforçar a unidade da UE", uma de quatro traçadas.

De acordo com um dos textos aprovados pelos ministros da UE com a tutela das Migrações, que define uma solidariedade obrigatória, mas flexível dentro da UE na resposta aos requerentes de asilo, os Estados-membros devem acolher um determinado número de requerentes que chegam a um país da UE sujeito a pressões migratórias.

Se recusarem, têm de pagar 20 mil euros por cada requerente de asilo rejeitado.

Os montantes serão depositados num fundo gerido pela Comissão Europeia e destinado a financiar projetos ligados à gestão da migração.

A UE prevê por ano a recolocação de 30 mil migrantes e uma contribuição de 660 milhões de euros para o fundo destinado a financiar a política migratória.

Um segundo texto aprovado determina que os 27 acelerem a avaliação nos centros fronteiriços, num prazo máximo de três meses, dos pedidos de asilo de migrantes com menor probabilidade estatística de obterem o estatuto de refugiado, para facilitar o seu regresso ao país de origem ou de trânsito.

O acordo foi aprovado por maioria qualificada, com o voto contra da Hungria e Polónia e as abstenções da Bulgária, Malta, Eslováquia e Lituânia.

O Pacto de Migração e Asilo visa a regulamentação da gestão do asilo e da migração e a regulamentação dos procedimentos de asilo.

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