Na sexta-feira, ao final do dia, um grande número de atacantes tentou invadir Damboa (no estado de Borno), mas foram confrontados com uma forte resistência dos milicianos, um grupo paramilitar que auxilia o exército nigeriano, de acordo com os responsáveis.
"Os insurgentes dispararam à distância contra a cidade, com um RPG (lançador de granadas), matando cinco pessoas e ferindo 11", declarou um dos dois comandantes, Babakura Kolo.
As cinco pessoas mortas foram enterradas no sábado, enquanto os feridos foram transportados de helicóptero até à capital regional Maiduguri, detalhou o segundo comandante, Ibrahim Liman.
Situada a 90 quilómetros a sul de Maiduguri e próxima da floresta de Sambisa, um santuário para grupos jihadistas, Damboa é alvo de repetidos ataques há vários anos, visando quer os habitantes, quer a sua base militar.
A Nigéria enfrenta desde 2009 uma insurreição armada jihadista no nordeste do país, desencadeada pelo grupo jihadista Boko Haram, e um grupo dissidente, o Estado Islâmico na África Ocidental.
A insurreição e a repressão por parte do exército nigeriano já fizeram 40 mil mortos e dois milhões de deslocados.
O novo presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, no cargo desde maio, prometeu, tal como os antecessores, fazer do combate à insegurança uma prioridade.
Para além da insurreição jihadista, que assola há 14 anos o país mais populoso de África, com mais de 200 milhões de habitantes, a Nigéria enfrenta também poderosos grupos criminosos armados, confrontos intercomunitários e tensões separatistas.
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